Com minha camisola branca deitei na cama e minha cabeça afundou no travesseiro de tão pesada que estava, pensamentos me deixavam atordoada e as lembranças vinham com muita facilidade tirar meu sono, como se quisessem me manter acordada.
Embora quisesse dormir, não conseguia fazê-lo. Peguei meu celular, nenhuma chamada perdida, ele não havia me ligado. Pensei quase decidida, em ligar pra ele, mas meu orgulho vencia esse desejo oculto de escutar sua voz mais uma vez, o desejo que eu tinha de admitir que em mim houvesse qualquer vontade de seus beijos e de seu corpo.
Agora já estava sentada na cama e minhas pernas faziam de maneira involuntária força para erguer meu corpo. Andei pelo quarto e de forma insana, meus olhos queriam vê-lo outra vez, alguém gritava isso dentro de mim.
Calcei meus pés com a primeira coisa que vi e vesti um casaquinho azul desbotado, pois lá fora estava frio e a transparência de minha camisola não me permitia sair se não fosse com um casaco, não queria perder mais tempo ao me trocar. Recolhi apenas o celular, deixado em cima da cama e procurei a chave do carro e da casa.
Dirigi por alguns minutos sem nenhum destino aparente, sem nada na cabeça, sozinha na estrada. Olhei o celular no banco do passageiro e pensei: ’’Porque ele não ligou ainda?’’, e essa pergunta foi a única coisa que meu inútil cérebro conseguia processar.
Ele vibrou. Peguei-o rapidamente:
-Alô!?
-Você sabe onde me encontrar não sabe?
-Sei. Mas...
Ele já tinha desligado.
Acelerei o carro e em poucos minutos cheguei ao local que ele se referia, era um pequeno acostamento um pouco antes do desvio da estrada principal. Ali ninguém podia nos encontrar e eu sabia disso porque era justamente ali onde sempre nos encontrávamos depois que ele saia do trabalho e mentia pra mulher dizendo que sairia com os amigos.
Assim que entrei no acostamento o vi ao longe, estava de costas e com um moletom enorme, talvez estivesse com muito frio, eu não sabia, mas isso pouco importava. Desci do carro e me aproximei, fique a poucos metros dele:
-Oi! Pensei que você não ia ligar, pensei que poderia ter acontecido algum problema com sua mulher, que ela não havia deixado que você viesse. Esta tudo bem?
Ele se virou, estava de capuz e cabeça baixa, com uma das mãos no bolso.
-Esta tudo bem? - Tornei a perguntar.
Ele riu, mas era uma risada estranha, não era a risada dele. No mesmo instante, a mão que antes estava no bolso agora revelava algo prateado: Uma arma.
Senti meu coração apertar, quando vi o rosto feminino que deixava transbordar ódio.
Ela brilhava e estava agora apontada na minha direção, não conseguia dizer nada, ate respirar tinha se tornado tarefa difícil naquela situação. Eu apenas fechei os olhos.
Um único tiro e o silencio.
Senti meus joelhos tocarem o chão e minha camisola branca ficar rubra.
-Não, eu não estou bem. - foi única coisa que ela disse e a ultima que eu ouvi.
Embora quisesse dormir, não conseguia fazê-lo. Peguei meu celular, nenhuma chamada perdida, ele não havia me ligado. Pensei quase decidida, em ligar pra ele, mas meu orgulho vencia esse desejo oculto de escutar sua voz mais uma vez, o desejo que eu tinha de admitir que em mim houvesse qualquer vontade de seus beijos e de seu corpo.
Agora já estava sentada na cama e minhas pernas faziam de maneira involuntária força para erguer meu corpo. Andei pelo quarto e de forma insana, meus olhos queriam vê-lo outra vez, alguém gritava isso dentro de mim.
Calcei meus pés com a primeira coisa que vi e vesti um casaquinho azul desbotado, pois lá fora estava frio e a transparência de minha camisola não me permitia sair se não fosse com um casaco, não queria perder mais tempo ao me trocar. Recolhi apenas o celular, deixado em cima da cama e procurei a chave do carro e da casa.
Dirigi por alguns minutos sem nenhum destino aparente, sem nada na cabeça, sozinha na estrada. Olhei o celular no banco do passageiro e pensei: ’’Porque ele não ligou ainda?’’, e essa pergunta foi a única coisa que meu inútil cérebro conseguia processar.
Ele vibrou. Peguei-o rapidamente:
-Alô!?
-Você sabe onde me encontrar não sabe?
-Sei. Mas...
Ele já tinha desligado.
Acelerei o carro e em poucos minutos cheguei ao local que ele se referia, era um pequeno acostamento um pouco antes do desvio da estrada principal. Ali ninguém podia nos encontrar e eu sabia disso porque era justamente ali onde sempre nos encontrávamos depois que ele saia do trabalho e mentia pra mulher dizendo que sairia com os amigos.
Assim que entrei no acostamento o vi ao longe, estava de costas e com um moletom enorme, talvez estivesse com muito frio, eu não sabia, mas isso pouco importava. Desci do carro e me aproximei, fique a poucos metros dele:
-Oi! Pensei que você não ia ligar, pensei que poderia ter acontecido algum problema com sua mulher, que ela não havia deixado que você viesse. Esta tudo bem?
Ele se virou, estava de capuz e cabeça baixa, com uma das mãos no bolso.
-Esta tudo bem? - Tornei a perguntar.
Ele riu, mas era uma risada estranha, não era a risada dele. No mesmo instante, a mão que antes estava no bolso agora revelava algo prateado: Uma arma.
Senti meu coração apertar, quando vi o rosto feminino que deixava transbordar ódio.
Ela brilhava e estava agora apontada na minha direção, não conseguia dizer nada, ate respirar tinha se tornado tarefa difícil naquela situação. Eu apenas fechei os olhos.
Um único tiro e o silencio.
Senti meus joelhos tocarem o chão e minha camisola branca ficar rubra.
-Não, eu não estou bem. - foi única coisa que ela disse e a ultima que eu ouvi.
@beatriiizcunha
-Texto para a 39ª edição visual do projeto bloinques. ;D
2 bons papos. ;):
Cada um de nós tem os seus momentos de escritas.
Como é bom participar e esrever coisas do coração.
Estamos ai.
http://sandrarandrade7.blogspot.com/
Carinhosamente
sandra
nossa, profundo. Adorei *-*
:*
PS: voltei com o blog, me desculpem pela ausência :/
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